Nas margens da Assembleia Geral da ONU, Brasil e Estados Unidos firmaram um acordo para promover o trabalho decente.

A Parceria Brasil-EUA para os Direitos dos Trabalhadores, foi firmada na quarta-feira pelos presidentes brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva e sua contraparte americana, Joseph Biden.

Combate a problemas estruturais e desafios modernos

O objetivo é garantir condições de trabalho seguras e justas, assegurar que novas tecnologias, como inteligência artificial, beneficiem os trabalhadores e eliminar a discriminação no local de trabalho. A parceria pretende também apoiar uma transição para a energia limpa que leve em conta os direitos dos empregados. 

O diretor do Escritório da Organização Internacional do Trabalho, OIT, para o Brasil, Vinícius Pinheiro, conversou com a ONU News e explicou os principais eixos da nova parceria.

“É uma parceria que trata tanto de problemas estruturais no mercado de trabalho, como por exemplo combate ao trabalho infantil, combate ao trabalho escravo e a promoção do trabalho decente, quanto problemas mais modernos, relacionados por exemplo, à transição para a economia limpa, para a economia verde, a questão do enfrentamento do trabalho em plataformas.” 

Segundo Pinheiro, a iniciativa também traz mecanismos para “enfrentar a discriminação no mercado de trabalho e a inclusão de contingentes excluídos”

Visões do Brasil e EUA

Ele afirmou que um dos resultados esperados é o desenvolvimento de cadeias produtivas sustentáveis. Além disso, espera-se que o termo trabalho decente ganhe espaço “no topo da agenda mundial.”

No evento de assinatura do acordo, o presidente americano afirmou que “os lucros recordes das corporações devem significar contratos recordes para os trabalhadores do sindicato.”

Já o presidente brasileiro disse que vai atuar para que “todos os governantes do mundo aceitem o protocolo, porque todos os seres humanos, homens ou mulheres, negros ou brancos, têm direito ao trabalho decente.”

A OIT afirma que o trabalho decente pode construir vidas melhores, economias melhores e sociedades melhores.