No dia 3 de agosto, a Confederação dos Sindicatos Industriais do Uruguai realizou um seminário para revisar e analisar a possibilidade de reduzir a jornada semanal de trabalho no país. Os participantes discutiram as várias formas de promover uma discussão para que os acordos necessários pudessem ser alcançados.

Disseram que reduzir a semana de trabalho de 48 para 40 horas seria uma mudança cultural, que melhoraria a saúde e o estilo de vida dos trabalhadores e lhes daria mais tempo para estudar e para suas famílias.

Representantes dos 14 sindicatos da Confederação compartilharam experiências do que aconteceu em países da América Latina e da Europa que já reduziram a jornada de trabalho. Essas experiências serão então compartilhadas como parte das negociações que ocorrerão dentro de cada ramo do conselho tripartite de salários da indústria.
Carlos Bico, secretário-geral da UOC, disse:

“Compartilhamos experiências para que possamos levar nossa proposta aos conselhos salariais. Estamos analisando os contratos firmados com as empresas; queremos mostrar que a redução da jornada de trabalho não afetará a produtividade das empresas e que isso pode ser feito sem diminuir os salários dos trabalhadores.”

Os sindicatos farão campanha para que sua iniciativa seja aprovada como lei no parlamento nacional e planejam realizar comícios de rua. Uma marcha acontecerá no dia 31 de agosto com um comício em frente ao Ministério do Trabalho do país. Seus principais objetivos são reduzir a semana de trabalho para 40 horas e defender a manufatura, o emprego e os salários domésticos.

Marino Vani, secretário regional da IndustriALL, disse:

“Esta é uma iniciativa excelente e muito necessária. O governo e os empregadores precisam criar medidas e leis concretas para reduzir a jornada de trabalho sem prejudicar os salários. Isso ajudará a impulsionar o desenvolvimento industrial e garantir uma melhor distribuição de renda no país. precisamos expandir o mercado de trabalho e essa é uma forma de fazer isso.”