No início do governo Lula, muitas questões estão sendo levantadas e gerando muitos questionamentos, um deles é o saque-aniversário do FGTS.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, falou em acabar com o dispositivo e fazer retornar o objetivo principal do FGTS, mas recuou e disse que será discutido amplamente a função do fundo.
As centrais sindicais tem pensamentos diferentes sobre o assunto, como foi publicado hoje no site da Folha de São Paulo.
Um dos ouvidos sobre o tema foi o João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical. Ele fala que não vê os trabalhadores reclamando, pois o saque é opcional. “Se ele está precisando, é uma decisão dele buscar o fundo. Sabemos que parado o rendimento fica bem abaixo do mercado financeiro. E é dinheiro em circulação no mercado consumidor, gerando produção e emprego", diz Juruna.
A Força Sindical deve propor que se melhore o rendimento a quem mantiver o dinheiro no fundo.
O Ministério do Trabalho, antes de qualquer decisão, o debate será levado ao conselho curador do FGTS e às centrais sindicais.
Para o ministro Luiz Marinho, o FGTS deve servir apenas como reserva financeira aos trabalhadores e financiamento habitacional.
A UGT e a CSB também se manifestaram sobre a polêmica. As duas centrais dizem que concordam com a proposta de Marinho, é preciso voltar as travas de acesso ao FGTS e adicionam o detalhe para que o fundo tenho um rendimento melhor. Ricardo Patah, presidente da UGT disse:
"Muitas pessoas fizeram ou planejam empréstimos já lastreando o valor disponível no saque-aniversário. Defendo uma transição, não dá para encerrar de uma hora para a outra. É preciso ter alternativas de acesso ao crédito para as pessoas de baixa renda", disse o dirigente sindical.
Antonio Neto, da CSB, sugere que seja feita uma avaliação do impacto que os saques tiveram no fundo durante o período de liberação dos últimos anos. "Não é só a questão do saque, mas também da remuneração do fundo, que está deteriorada por causa da TR [taxa referencial]. Isso precisa ser debatido", afirmou.