Notícia - Sindicato cobra do governo medidas em defesa dos trabalhadores da Avibras

A poucos dias da greve na Avibras completar quatro meses, o Sindicato enviou pedidos de reunião a representantes dos governos federal, estadual e municipal para discutir medidas em favor dos trabalhadores, que estão em luta desde março na defesa de seus empregos.

As cartas foram enviadas nessa terça-feira (3) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ao governador Tarcísio Freitas (Republicanos), ao prefeito de Jacareí, Izaías José de Santana (PSDB), e ao presidente da Câmara de Vereadores de Jacareí, Abner Rodrigues de Moraes Rosa (PSDB). 

Na carta enviada a Lula e José Múcio, o Sindicato ressalta a importância da Avibras para o Brasil, já que se trata da maior empresa privada do segmento de Defesa do país. A fábrica é reconhecida e certificada como estratégica pelo próprio Ministério da Defesa e possui cerca de 1.400 funcionários.

Apesar de sua importância, em 2022 a Avibras entrou com pedido de recuperação judicial, demitiu 420 trabalhadores e deixou de pagar os salários com regularidade. Estão atrasados os vencimentos de outubro, novembro e dezembro.

Luta continua

Sem receber seus direitos, os trabalhadores entraram em greve no dia 9 de setembro e, desde então, estão se revezando em vigília em frente à fábrica.

Além de enfrentarem severas dificuldades financeiras, os trabalhadores convivem com o medo diário do desemprego. As 420 demissões realizadas em março só foram canceladas graças à luta dos metalúrgicos e à ação judicial movida pelo Sindicato.

“Considerando que o planejamento estratégico da indústria de Defesa deve ser prioridade para qualquer país que se pretenda soberano, gostaríamos de agendar uma reunião com V. Exa. para discutirmos essa crise e medidas que possam vir em socorro dos trabalhadores. Parece-nos imprescindível que o governo invista na Avibras como forma de preservar empregos e a soberania nacional”, diz um trecho da carta enviada a Lula.

“Vamos continuar com a greve, cobrando principalmente os novos governos para que recebam o Sindicato e abram uma discussão sobre esse assunto tão relevante para o país. Não podemos permitir que os trabalhadores continuem sem salários e que o governo feche os olhos para o que está acontecendo na Avibras. O Governo Federal precisa investir na fábrica e o Sindicato segue com sua campanha pela estatização da Avibras sob controle dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.


Fonte:  Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos / Foto: Roosevelt Cássio - 06/01/2023

 

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