Notícia - Metalúrgicos do ABC e universidade se unem para formular políticas para a indústria

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Universidade Federal da região (UFABC) se uniram para discutir e formular estratégias que impulsionem a atividade da indústria local. De acordo com os representantes dos trabalhadores, a falta de uma política central já vinha levando a entidade a buscar alternativas.

“Diante da total ausência de política industrial, de incentivos setoriais, o sindicato já vinha atuando neste sentido há algum tempo”, observa o diretor-executivo Aroaldo Oliveira da Silva. “Houve êxitos, mas muitas vezes, quando detectávamos que uma empresa estava em dificuldades, já não era mais possível fazer muita coisa. Organizamos forças-tarefas, grupos de trabalho para mapear empresas, processos produtivos, produtos, grau de inovação, de Pesquisa e Desenvolvimento e até mesmo gestão financeira, mas notamos que era insuficiente.”

Diagnóstico

Na última terça (16), Aroaldo participou da assinatura de um termo de cooperação na sede de UFABC, em Santo André. Segundo a universidade, o convênio prevê formação de dirigentes e, no segundo momento, um diagnóstico das indústrias da região na base metalúrgica. A partir daí, será apresentado o Programa de Reconversão Industrial do ABC.

Aroaldo observou que a universidade já conta, inclusive, com uma agência de inovação, InovaUFABC, cujo diretor adjunto, Fábio Ferreira, participou da assinatura do convênio. O sindicalista pensa em alternativas além do setor automobilístico.

Saúde e defesa

“Há possibilidades, algumas criadas devido a pandemia, como o debate sobre a criação de um complexo industrial da saúde”, exemplifica. “Muitas empresas da categoria metalúrgica tem capacidade para essa reconversão. Mas não é só nessa área. É possível retomar no ABC as discussões sobre o complexo industrial da defesa, área que ainda tem muitas lacunas do Brasil, além da indústria do petróleo e gás, entre outras.”

Assim, com esse esforço, é possível pensar no futuro da região com base em sua capacidade produtiva e na mão de obra. Isso inclui conversar com outros sindicatos do ramo. “Quais são as capacitações e as capacidades que a região possui para manter o parque industrial que tem? Podemos dar um salto para o futuro, criar outras possibilidades, desenvolver outros setores industriais”, diz Aroaldo.

 


Fonte:   RBA - 22/11/2021


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