Notícia - Governo federal deixa médicos residentes sem salários, na pandemia

Médicos residentes de diferentes áreas da saúde estão há quase dois meses sem receber salários, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e muitos também estão sem a vacina contra a Covid-19. A categoria diz que pode entrar em greve se nada mudar.

A denúncia feita ao Portal UOL, diz que a Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), coordenada conjuntamente pelo Ministério da Saúde e o Ministério da Educação (MEC),  está desde abril de 2019 sem qualquer atividade, o que deixa os médicos residentes sem um órgão federal que cobre das instituições em que eles prestam serviços, os atrasos nos pagamentos a que têm direito.

Os médicos residentes recebem uma bolsa salário e uma bonificação do Programa “Brasil Conta Comigo”, destinada apenas aos profissionais da linha de frente do combate à covid-19. A bolsa é a única fonte de renda desses médicos que têm contratos exclusivos, de 60 horas semanais.

Uma médica residente que trabalha numa clínica de família, na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, diz que recebeu apenas R$ 677de bonificação. Outros dizem que estão sem dinheiro até para o transporte. Ou seja, são os pobres e vulneráveis mais uma vez os mais atingidos pelo descaso do governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL), diante da pandemia.

A falta da comissão inviabiliza ainda uma série de decisões administrativas, como informações do número do diploma; residentes grávidas não conseguem licença médica, e até mesmo os trancamentos de matrículas, responsabilidade da Comissão, não estão sendo feitas, denunciam os residentes.

Um levantamento parcial feito pelo Fórum Nacional dos Residentes de Saúde com 700 residentes apontou que pelo menos 150 estão com algum tipo de atraso na remuneração. Mas, o próprio Ministério da Saúde em resposta ao Portal UOL identificou em 203 cadastros inconsistências entre os 22.783 residentes financiados pela pasta.

Sobre a bonificação do programa Brasil Conta Comigo , o Ministério da Saúde,  identificou do pagamento do mês de abril, inconsistências nos dados de cerca de 3,5 mil dos 52.262 residentes declarados pelas instituições elegíveis.


Fonte:  Redação CUT - 04/05/2021


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