Notícia - Trabalhadores fazem vigília na Alesp em protesto ao PL 529

Na tarde desta terça-feira, 29, trabalhadores do serviço público protestaram em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na região dos Jardins. Vindos de diferentes partes do Estado, os participantes fizeram vigília contra a ameaça de votação do PL 529, apresentado pelo governador João Doria (PSDB) e que tramita em regime de urgência na Casa.

O projeto de lei, se aprovado, representa um novo ataque aos serviços públicos essenciais à população, pois prevê a extinção de dez fundações, institutos e autarquias.

Os manifestantes em frente à Alesp eram formados por diferentes categorias do funcionalismo que se uniram para esse enfrentamento. Com um caminhão de som, deputados estaduais e lideranças de sindicatos e centrais, como a CUT-SP, se revezaram nos discursos.

Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo afirmou ser necessário manter a mobilização para garantir que o projeto não avance. “Se o Doria achou que ele iria privatizar ou entregar essas dez empresas sem enfrentar uma luta, está aqui a prova de que os trabalhadores e as trabalhadoras estão preocupados com a política da saúde, da moradia, com os investimentos em ciência e meio ambiente. Temos de manter essa pressão aqui na Assembleia Legislativa para impedir o entreguismo desse governo”.

Deputada estadual e presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, a Professora Bebel, ressaltou que o projeto e irá contribuir com o aumento do desemprego. “Não vamos aceitar que Doria destrua o patrimônio do povo de São Paulo. O PL significa mais desemprego, menos pesquisa, menos remédio gratuito para todos e todas e saúde mais cara para os servidores. Por isso estamos na luta para que isso não siga adiante”, disse.

Com uma manobra para acelerar a aprovação, a bancada da base do governador decidiu no fim da tarde de segunda (28) votar ainda esta semana o PL 529 (leia mais).

Entre as empresas públicas que serão atingidas com o PL, estão a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo (CDHU), a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), Fundação para o Remédio Popular (Furp) e a Fundação Oncocentro (Fosp).

Site Na Pressão

Desde que foi lançada, em 17 de setembro, a campanha contra o PL 529 pelo site “Na Pressão” tem registrado mudanças no posicionamento de deputados e deputadas estaduais. Por meio de mensagens via Whatsapp, e-mails e até mesmo em vídeo, os parlamentares estão respondendo os trabalhadores comprometendo-se a votarem contra o projeto de lei.

Apesar das mudanças, o número de parlamentares contrários a medida ainda não é o suficiente para barrar a proposta na Alesp, por isso é preciso intensificar a pressão nas redes sociais (Acesse o site aqui).

As bancadas do PT, PSOL e PCdoB já estão fechadas contra a proposta. Deputados de outros partidos têm respondido as mensagens afirmando o voto contrário, como é o caso de Gil Diniz, conhecido nas redes como Carteiro Reaça, que encaminhou um vídeo apresentando seu posicionamento contrário, enquanto que a deputada Edna Macedo fez a manifestação por e-mail. Campos Machado, Rodrigo Gambale, Danilo Balas, Sargento Neri e Roberto Egler responderam pelo próprio Whatsapp.

A CUT-SP seguirá monitorando as manifestações dos parlamentares e os cobrará caso o projeto chegue ao plenário.

 

 


Fonte:   Redação CUT-SP / Foto: ELINEUDO MEIRA / @FOTOGRAFIA.75 - 30/09/2020


Comentários

 

O Mundo Sindical e os cookies: nós usamos os cookies para guardar estatísticas de visitas, melhorando sua experiência de navegação.
Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.