As negociações da cláusula da estabilidade no emprego na Campanha Salarial estão emperradas com as bancadas patronais. A retomada das rodadas de negociações, feitas de maneira digital, está prevista para a próxima semana.
O presidente da FEM-CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, destacou que a bancada que representa os trabalhadores insiste na importância da cláusula para a categoria.
“Entendemos que este ano é atípico, justamente por isso, nossa principal bandeira de luta é a defesa da vida e dos empregos. A insensibilidade patronal em plena pandemia e em um momento de baixa produção no país tem sido enorme, não há evolução nos grupos na questão da estabilidade”, afirmou.
Já as discussões de renovação das cláusulas sociais na Convenção Coletiva de Trabalho estão mais avançadas com a maioria dos grupos patronais.
“Não temos espaço para discutir cláusulas sociais, o nosso objetivo é manter os direitos já conquistados e os empregos. Renovar a Convenção Coletiva é fundamental para isso”, explicou.
A adoção do protocolo de higiene e segurança contra a Covid-19 evoluiu em todas as bancadas patronais. A ideia é que as regras sejam um anexo à Convenção Coletiva para que todas as empresas da base cumpram as medidas.
Eixos
Este ano, a Data-Base negociada pela FEM/CUT está focada na exigência de melhores condições de saúde e segurança e garantia de emprego. O tema é “Companheir@s! Tamo junto pela vida, emprego e renda”.
Os eixos são: por melhores condições de saúde e segurança; por melhores condições sanitárias e de higiene; aumento salarial; pela manutenção de todos os direitos; pela nacionalização de componentes, máquinas e equipamentos; defesa urgente de um projeto de reindustrialização do país.