Notícia - UGT realiza Oficina para Migrantes no Sindicato dos Comerciários de SP

Nesta segunda-feira, 17, aconteceu, no Sindicato dos Comerciários de São Paulo, entidade filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Oficina de Cidadania e Direitos Trabalhistas para Migrantes e Refugiados, evento organizado pela UGT, AFL-CIO Solidarity Center e pelo Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Migrante (CDHIC).
 
A ação tem como objetivo promover um intercâmbio entre migrantes, dirigentes sindicais e organizações da sociedade civil, a fim de identificar dificuldades e demandas dos migrantes e a possibilidade de apoiá-los.
 
“O Sindicato sente orgulho por sediar esse diálogo que trará como resultado a inclusão e a solidariedade, especialmente num momento como este que estamos vivendo, em que o governo brasileiro está passando por cima dos direitos sociais”, disse Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo e da UGT.
 
“A integração do migrante na sociedade só se efetiva quando ele tem um trabalho e, consequentemente, autonomia. Essa Oficina faz com que o sindicato e os migrantes se conheçam e estes procurem a entidade em busca de trabalho e orientação sobre seus direitos. Esse é o papel da entidade sindical: proteger e amparar o trabalhador”, afirmou Gustavo Garcia, assessor da Secretaria de Políticas Públicas e Migrações da UGT.
 
A Oficina já foi realizada em Porto Alegre, Florianópolis, Foz do Iguaçu e Manaus e “a intenção da UGT é ampliar essa parceria com sindicatos de diversas categorias, no Brasil inteiro”, contou Josi Camargo, secretária adjunta de Políticas Públicas e Migrações da UGT.
 
No Sindicato dos Comerciários de São Paulo, os migrantes tomaram conhecimento, por meio da diretora de Assistência Social e Previdência, Cleonice Caetano, dos programas de inclusão desenvolvidos e coordenados pela entidade. “Nós fazemos parcerias com empresas, divulgamos vagas de emprego, orientamos a fazer currículo, damos toda assistência que o migrante precisa para sair da informalidade e encontrar um trabalho decente”, explicou Cleo.
 
“E a base de sindicatos filiados à UGT é muito grande, engloba diversas categorias, o que traz ainda mais possibilidades a esses trabalhadores”, complementou Josimar Andrade, diretor do Sindicato e da Central.
 
Jana Silverman, diretora de programas do Solidarity Center AFL-CIO no Brasil e Paraguai, também falou sobre a importância do papel do Sindicato: “É um dever dos sindicatos ajudar o trabalhador migrante que chega aqui vulnerável e, agora por lei, pode se filiar a uma entidade sindical. O trabalho decente é a porta de entrada para uma vida digna de qualquer pessoa”.
 
“E essa parceria foge da visão de caridade. É um apoio que visa justamente à autonomia do trabalhador migrante”, complementou João Sugahara, do CDHIC.
 
A Oficina contou com a participação de migrantes vindos da Síria, Moçambique, Colômbia e Peru.
 
Na ocasião, foram realizadas palestras abordando direitos trabalhistas, organização sindical, as ações realizadas pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo, além de um planejamento de ações de apoio aos migrantes na busca por trabalho decente. 
 
Também participaram da Oficina Nathália Napolitano (CDHIC); Lana Correia, Marinaldo Medeiros e Domingos Serralvo Moreno, diretores do Sindicato dos Comerciários de São Paulo; e Luciana Elena Vasquez, coordenadora de Políticas para Migrantes e Promoção do Trabalho Decente da Prefeitura de São Paulo.


Fonte:  UGT - 18/02/2020


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