Em assembleias ontem, os trabalhadores na Marcolar, em Ribeirão Pires, e na ZF, em São Bernardo, aprovaram a mobilização por avanços na Campanha Salarial. A Assembleia Geral da categoria será amanhã, às 18h, na Regional Diadema do Sindicato.
A reivindicação dos metalúrgicos na base da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), que representa 14 sindicatos, é por reposição da inflação, aumento real e cláusulas sociais garantidas pela Convenção Coletiva de Trabalho.
Nas duas assembleias, o secretário-geral do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, lembrou que a data-base da categoria é 1º de setembro.
“Já estamos em outubro e é importante o comparecimento em peso na Assembleia Geral de sexta-feira para definir os rumos, avaliar as propostas, se houver, ou a mobilização”, chamou.
“Tem bancada patronal que, mesmo com a Convenção Coletiva válida até o ano que vem, quer alterar as cláusulas sociais. Durante o processo de negociação, teve patrão que falou em congelar ou acabar com o piso salarial. Quiseram vincular a pauta da competitividade no Brasil com o salário que os trabalhadores ganham. O problema é a ausência de política industrial e macroeconômica no país”, afirmou.
A coordenadora do Coletivo de Mulheres Metalúrgicas do ABC, Andrea Ferreira de Sousa, a Nega, ressaltou o papel dos trabalhadores na Campanha Salarial. “A responsabilidade é de todas e todos. Temos que dar o tom da luta nesta sexta”, disse.
A dirigente também falou sobre a Campanha Doe Fios de Amor e a prevenção ao câncer de mama neste Outubro Rosa. “A doação pode ser de uma mecha de cabelo apenas, com pelo menos 15 cm, para dar um pouco de alegria às pessoas. Procure seu representante ou no Sindicato e entregue sua doação de amor”, chamou.
Na Marcolar, o coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, convocou os companheiros e as companheiras para comparecer à Assembleia Geral.
“A bancada patronal tem que olhar para o Sindicato e enxergar o trabalhador de braços cruzados cobrando seu aumento, sua Convenção Coletiva, sua dignidade. Não podemos vacilar, esperamos o ano todo por este momento, é hora de mostrar nossa unidade”, chamou.
Na ZF, o coordenador de São Bernardo, Genildo Pereira Dias, o Gaúcho, contou que a bancada dos trabalhadores tem discutido exaustivamente com as bancadas patronais.
“Fazer a Campanha Salarial em um momento bom já não é fácil. Em um momento difícil, fica ainda mais complicado. A luta é por uma proposta que contemple os anseios da categoria. Cada empresa tem que pressionar sua bancada patronal por um acordo. E cada trabalhador tem o compromisso de lotar a Regional Diadema”, chamou.