Notícia - SEESP completa 85 anos de luta em prol do trabalhador

Sindicato forte é sinônimo de sindicato atua em prol do trabalhador e quando é um sindicato que completa 85 anos de história de luta, esse é Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP).

Em entrevista que você poderá conferir abaixo, o presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, fala sobre os 85 anos de história da entidade, o que ela oferece e dá sua opinião sobre o atual momento do sindicalismo brasileiro. Confere aí.

Mundo Sindical: O sindicato completa 85 anos. O que podemos destacar de importante nessa longa história de luta?

Murilo Pinheiro: Nosso balanço dessas décadas de atuação é certamente muito positivo. O SEESP tem presença relevante na história do Estado de São Paulo e do País nesse tempo todo em que foi se estruturando, fortalecendo-se e crescendo, tornando-se uma entidade à altura da importância da categoria que representa.

No campo da ação sindical, que é nossa função precípua, tornamo-nos os legítimos representantes dos engenheiros e hoje conduzimos cerca de 50 negociações coletivas por ocasião das campanhas salariais. Isso significa uma grande mobilização dos profissionais, em suas respectivas bases, que ocupa a nossa agenda o ano todo.

Outro ponto de destaque é certamente o aprimoramento de nossa estrutura de atendimento e prestação de serviços aos associados, que vêm crescendo na busca por oferecer benefícios realmente relevantes. Por fim, o nosso sindicato se consolidou como uma instituição séria, que trava o debate de alto nível sobre políticas públicas, desenvolvimento socioeconômico e avanço tecnológico. Ao chegar aos seus 85 anos, o SEESP é certamente uma entidade da qual todos os engenheiros podem e devem se orgulhar.

MS: Sobre benefícios. O que o sindicato oferece para o trabalhador?

MP: Como dito acima, essa é uma prioridade. A entidade tem cerca de 60 mil filiados, que dispõem de um amplo programa de benefícios, como planos de saúde e seguros, além de descontos em instituições de ensino e muitos outros convênios – reunidos na Casa do Engenheiro (www.casadoengenheiro.org.br), plataforma digital criada para facilitar o acesso aos serviços disponíveis.

Os engenheiros contam ainda com vasta gama de serviços oferecidos na entidade, como assistência para aposentadoria e jurídica, previdência complementar, vagas, orientação para recolocação no mercado e coaching de carreira na área de Oportunidades na Engenharia, espaço coworking, cursos oferecidos pelo Programa Engenheiro Empreendedor, visitas técnicas, eventos e aproximação com estudantes e recém-formados por meio do Núcleo Jovem Engenheiro.

O atendimento qualificado aos engenheiros se dá em sua sede, na cidade de São Paulo, e nas 25 Delegacias Sindicais distribuídas pelo Estado, de modo a estar mais próximo da categoria em cada região.

MS: O sindicalismo brasileiro vive um momento delicado, desde o governo do presidente Michel Temer. Como o sindicato está encarando esse momento?

MP: A Lei 13.467/2017, que introduziu a reforma trabalhista, foi aprovada como panaceia para geração de empregos, o que se mostrou totalmente falso. Na verdade, retirou direitos dos trabalhadores e criou graves distorções no que diz respeito à representação sindical.  Lamentavelmente, na batalha da informação, prevaleceu a ideia de que comprometer o custeio das entidades sindicais e sua atuação seria bom para o trabalhador. Obviamente, o único prejudicado é o trabalhador, que perde condição de negociação junto ao patrão e vê enfraquecida a instituição que existe para defendê-lo.

Nesse contexto, cabe aos sindicatos, e é que o estamos fazendo no SEESP, buscar formas de continuar trabalhando bem pela categoria, que é a nossa razão de existir. Seguimos juntos, com vontade e coragem.

MS: Para você qual deve ser o posicionamento do sindicato para mostrar aos trabalhadores a importância da entidade sindical?

MP: Os sindicatos devem compreender o momento de extrema dificuldade pelo qual passam os trabalhadores e atuar de todas as formas possíveis para defender e apoiar as suas respectivas categorias. Devem estar próximos de suas bases, trabalhando firmemente e oferecendo atendimento e serviços de qualidade. Um ponto fundamental é a defesa do emprego. O SEESP vem atuando nessa questão em três frentes: oferecendo apoio à carreira, colocação no mercado e qualificação aos associados com o nosso serviço Oportunidades na Engenharia; batalhando por garantia de emprego nos acordos e convenções coletivas; e defendendo a retomada do desenvolvimento, que é a solução real a nosso ver.

MS: Você acha que deve ter uma reestruturação do sindicalismo brasileiro?

MP: Deve haver o fortalecimento do sindicalismo brasileiro para que esse possa defender os trabalhadores e contribuir com o desenvolvimento nacional. Não nos parece que este seja o momento de reestruturações, mas de aprimoramento nas ações e iniciativas.  E, claro, deve haver unidade entre as entidades para que todas tenham mais condições de atuar. 


Fonte:  Redação Mundo Sindical - 20/09/2019


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