Eles estão sempre com o pé no acelerador, levam o mundo sobre rodas e ainda reservam um pouco do seu tempo para atuar como contadores de histórias, conselheiros e, sobretudo, bons ouvintes. À frente do volante de um ônibus, os motoristas profissionais são quase sobreviventes. No trânsito caótico de São Paulo ou nas “rodovias da morte”, eles seguem lutando para preservar direitos e garantir condições de trabalho dignas.
Muitos desconhecem as dificuldades enfrentadas por esses companheiros e por todos os trabalhadores em transportes, que têm no dia 25 de julho uma data para chamar de sua. É o momento de refletir, fazer um balanço das conquistas e relembrar os anseios.
Em um cenário marcado por violência, retirada de benefícios e decisões arbitrárias do governo, a categoria resiste de todas as formas para assegurar direitos e emprego, hoje, seriamente ameaçados por uma iminente redução da frota de ônibus e uma nova tentativa de extinção dos cobradores.
Apesar dos obstáculos, os condutores de coletivos seguem na busca por mais valorização e o cumprimento de promessas pelo poder público. A implantação de novos corredores de ônibus está entre os compromissos engavetados. Isso sem contar a falta de investimentos em qualificação.
Diante das expectativas frustradas, os trabalhadores recorrem ao Sindmotoristas, onde encontram apoio e força para seguir.
“O Sindicato trabalho para suprir essa falta de investimentos nos trabalhadores em transportes, por meio de parcerias com instituições educacionais e profissionalizantes. Além disso, estamos sempre prontos para oferecer o respaldo necessário para os associados e seus familiares, na tentativa de amenizar o descaso do poder público e a ganância dos patrões, disse o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz (Sorriso). No entanto, apesar dos obstáculos, Sorriso afirma que a categoria deve se orgulhar e muito da sua função. “Somos a maior categoria do segmento da América Latina e responsáveis pela movimentação da economia do País”, destacou.