Notícia - Jaguariúna: greve dos metalúrgicos da Freeart-Seral completa 4 dias

Empresa não pagou os salários do mês de março – o que deveria ter ocorrido até o último dia 5. Greve é liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna (SindMetal), filiado à FITMETAL e à CTB

A paralisação geral dos trabalhadores da Freeart-Seral, em Jaguariúna (SP), completou quatro dias nesta quinta-feira (19). Até o momento, a empresa não pagou os salários do mês de março – o que deveria ter ocorrido até o último dia 5. A greve é liderada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna (SindMetal), filiado à FITMETAL e à CTB.

Até 2017, havia cerca de 300 trabalhadores na planta da empresa em Jaguariúna. No entanto, alegando problemas de demanda, a empresa reduziu o número de funcionários para pouco mais 50.

Segundo o presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú, houve várias tentativas de negociação nos últimos meses, mas a Freeart-Seral não apresentou perspectivas de solucionar os problemas. “Não é de hoje que a empresa vem apresentando problemas. Os trabalhadores estão a cada dia mais descontentes e se queixando ao Sindicato”, afirma.

Após pressão do SindMetal, representantes da empresa foram à sede da entidade e informaram que estão vendendo um de seus maquinários e uma linha de produção. Com isso, dizem, será possível quitar a dívida com os funcionários. “Mas nós, dirigentes sindicais, estamos realmente preocupados com essa incerteza dos pagamentos. Tudo está caminhando para resultados ainda piores”.

A empresa

Metalúrgica especializada na fabricação de equipamentos para a exposição e funcionamento de supermercados, a Freeart-Seral atende às grandes redes do comércio varejista. Em seu site, apresenta o seu portfólio de produtos – linhas de produção, estoque de matéria-prima e produtos para o pronto atendimento aos clientes.

Até 2017, havia cerca de 300 trabalhadores na planta da empresa em Jaguariúna. No entanto, alegando problemas de demanda, a empresa reduziu o número de funcionários para pouco mais 50.

Os atrasos têm sido frequentes, mas a situação se agravou. Em comunicação informal aos trabalhadores, a empresa avisou que o adiantamento previsto para o dia 20 também não será pago. “Imagina estes trabalhadores todos sem conseguir pagar aluguel, as contas da casa, a situação que eles se encontram”, diz Buiú.

Faz tempo que o SindMetal denuncia as irregularidades que cercam a gestão de pessoal da empresa. “Há demissões cujas homologações são feitas com o parcelamento dos pagamentos e sem prazos respeitados”, alerta Buiú. O depósito obrigatório do FGTS também não foi efetuado.

Na semana passada, o sindicato encaminhou pauta à empresa, cobrando o acerto dos salários atrasados e fixando outras condições para a continuidade do trabalho. Comunicou ainda que, se no prazo legal, não houvesse o imediato pagamento de salários atrasados, os trabalhadores entrariam em greve até que se solucionasse o problema – impasse que permanece até o momento.

Manifesto

Conforme deliberação da assembleia dos trabalhadores, a greve foi mantida por não haver solução imediata por parte da direção da empresa. Os trabalhadores estão de prontidão na portaria aguardando a evolução dos acontecimentos.

“A revolta é visível”, diz Buiú. “Alegam que dão o máximo de si para o desenvolvimento do trabalho – mas a empresa os trata com o maior desrespeito, nem sequer manifestando intenção de dar cabo da situação negativa existente.”


Fonte:  POR REDAÇÃO, COM INFORMAÇÕES DA SINDMETAL - 20/04/2018


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