Notícia - Frentistas de SP rejeitam debater com patronal proposta que dá fim a direitos trabalhistas

“Vamos lutar para manter o nosso legado de jamais ter fechado  acordo sem ganho real de salário ou permitido retrocessos como a perda de direitos coletivos” – Se necessário for, articularemos uma grande mobilização”, defendeu Luiz Arraes, presidente da Fepospetro.

Arraes defendeu à valorização salarial da categoria durante a 2° rodada de negociação dos cem mil frentistas do Estado de São Paulo, realizada nesta sexta-feira (15), na sede do sindicato patronal, Sincopetro, no bairro Perdizes (SP).

Na ocasião, os sindicalistas manifestaram-se contrários à proposta apresentada pelos patrões que inclui, entre outros pontos, aumentar em 1,16% os salários ( percentual abaixo dos índices que regulam os reajustes do período), eliminar da convenção coletiva a obrigatoriedade do vale-refeição, hoje em R$ 17,50, reduzir para 30 minutos o intervalo de almoço, fixar em 12×36 a escala laboral e redefinir os feriados como dia normal de trabalho, entre outras modificações que alteram para pior a vida dos trabalhadores, à exemplo da Terceirização.

Críticas: Durante o encontro, os sindicalistas rebateram com argumentos jurídicos acerca da  violação que representa a  Lei 13.467/17 à ordem constitucional trabalhista, e com  dados do balanço positivo do setor de revenda, a explicação de Flavio Martini de Souza Campos, presidente da RECAP, entidade patronal em Campinas e Região, de que a proposta dos patrões tem respaldo nas permissões advindas da “reforma” Trabalhista aprovada pelo Governo de Michel Temer, e do fato de que o  Brasil atravessa “situação financeira complicada” – “Não é dessa forma, reduzindo o poder de compra da classe trabalhadora, ou retirando direitos, que se constrói o crescimento do país”, criticou Luiz Arraes.

Entendimento: Francisco Soares de Souza, presidente do Sinpospetro-Campinas e vice da Federação Nacional dos Frentistas – Fenepospetro – destacou que as condições colocadas pelos patrões inviabilizam qualquer possibilidade de entendimento negocial. O sindicalista, entretanto, afirmou acreditar que a capacidade de diálogo construída entre as entidades ao longo de quase 30 anos permitirá, ao final, desfecho condizente com o grau de representatividade de que desfrutam ambas as partes, e com as reais necessidades dos trabalhadores. Ficou acertado que uma nova proposta será formulada até o próximo dia 28 pelos patrões será levada à Fepospetro. Seu conteúdo será  debatido durante a 3° rodada de negociação, agendada para o dia 3 de abril, as 14 horas, no Sincopetro.


Fonte:  Assessoria de Imprensa da Fepospetro - 16/03/2018


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