Notícia - Com vagas reduzidas, empregadas domésticas mudam para outras áreas

Após aprovação da PEC das domésticas, Sindicato alerta para trabalhadoras que estão largando a profissão

Sem oportunidade de emprego e em busca de melhores condições de trabalho, muitas empregadas domésticas estão mudando de área. Segundo a presidente do Sindicato dos Empregados Domésticos, Maria Luiza Araújo, alguns empregadores estão optando por não assinar a carteira trabalho, obrigando assim que essas mulheres busquem outros meios de sustento.

“Muitas mulheres estão trabalhando como diaristas ou até mudando de área, a maioria migra para a Saúde, que paga um pouco melhor. Quando a PEC foi regulamentada achávamos que teríamos mais vantagens, mas as reclamações dos trabalhadores só aumentaram”.

Maria Luiza conta ainda que muitas empregadas, que trabalhavam como domésticas, estão sendo diaristas, o que também não tem compensado, devido ao trabalho ser cansativo e pouco lucrativo. Isso porque os empregadores querem que elas realizem, em um dia, atividades que seriam feitas em uma semana.

“Elas estão migrando para outras áreas, já que está difícil conseguir emprego. E como diarista também não tem compensado, devido aos problemas de saúde, como lesões muito graves na coluna, bursite, entre outras. Elas adquirem doenças em menos tempo, porque fazem muito esforço, já que os patrões querem que elas façam tudo em um dia só e isso é impossível”, fala.

Para a presidente do Sindicato, as mudanças da lei trabalhista não foram favoráveis para os empregados, que estão sendo drasticamente prejudicados. Como a homologação é optativa, muitos empregados resistem em assinar ou não dão baixa nas carteiras, e os que fazem não as orientam como proceder para dar entrada no FGTS.

“Com a obrigatoriedade da legalização, muitos empregadores optaram por não ter mais empregados domésticos, evitando assim terem que pagar os direitos dos trabalhadores, o que resultou em um grande número de demissões. As domésticas estão sem condições de trabalho e as mudanças da lei trabalhista estão prejudicando mais, e foi um retrocesso para todos os trabalhadores”, acrescenta.

 

 


Fonte:   Isabela Lopes/ Portal o Dia - 23/01/2018


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