Os sindicatos dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) e dos químicos de Santos defendem a construção da usina termelétrica de Peruíbe (SP), com inauguração prevista para 2023.

Suas direções organizam caravana de ônibus para a cidade do litoral sul, nesta quinta-feira (27), onde haverá, às 18 horas, audiência pública sobre o impacto ambiental da iniciativa.

Promovida pelo conselho estadual de meio ambiente (Consema), a audiência será a quinta e última de uma série que foi feita em Cubatão, Praia Grande, Itanhaém e Mongaguá, sempre polêmicas.

Essa audiência já deveria ter ocorrido em 17 de agosto, mas foi adiada por causa de manifestação de ambientalistas, estudantes, professores, índios e moradores de Peruíbe contrários à usina.

“A construção da usina”, pondera o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, “abrirá 4.500 empregos diretos. Se não querem a obra lá, podem trazer para Cubatão”.

Coordenador da central Força Sindical na região, ele destaca ainda que a usina terá mais de 300 empregados fixos quando começar a funcionar. “Não podemos abrir mão disso”.

O sindicalista defende, entretanto, que o assunto seja “bem debatido, do ponto de vista ambiental, para que possíveis problemas nessa área sejam devidamente avaliados”.

“Ninguém aqui é louco de propor uma catástrofe no meio ambiente em troca de cinco mil empregos”, diz o sindicalista. “Mas também não podemos ser frontalmente contrários apenas por ser”.

Os interessados em participar da caravana organizada pelos dois sindicatos devem procurá-los em seus endereços ou pelos fones 13-3878-5050. Os seis ônibus contratados pela Sintracomos sairão de sua subsede em Cubatão, na Avenida Joaquim Miguel Couto, 337, às 15 horas.