A professora Maria Izabel Noronha, Bebel, foi reeleita presidenta da APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). A APEOESP tem mais de 180 mil filiados e é um dos maiores sindicatos do Brasil e da América Latina. A entiodade tem sua sede central na Capital paulista e mantém subsedes em 93 regiões do Estado de São Paulo, 10 na Capital, 17 na Grande São Paulo e 66 no Interior. As eleições da presidenta e da diretoria ocorreu dia 25/05 e as apurações apontaram 51,66% dos votos válidos para a Chapa 1 CUT, presidida por Bebel, que desse modo permanecerá no cargo até 2020.

Pelo critério de proporcionalidade adotado pelo sindicato, também comporá a Diretoria a Chapa 3, que obteve 36,65% dos votos válidos, com representantes da Instersindical e da CSP-Conlutas e liderada pelo professor Moacyr Américo da Silva. A Chapa 2, vinculada ao PCO, obteve 8,63% dos votos, não obtendo, portanto, o percentual mínimo de 10% para compor a diretoria.

Como entidade sindical, o principal papel da APEOESP é defender os interesses dos professores e especialistas que trabalham nas redes oficial do Estado de São Paulo. Mas a entidade, filiada à CUT e à CNTE, também é uma referência histórica da defesa das liberdades democráticas e dos direitos fundamentais de toda classe trabalhadora.

Ao final da apuração, no sábado (27), a professora Bebel agradeceu o apoio de todos os que construíram essa vitória, e recebeu os cumprimentos, entre outros sindicalistas, de Vagner Freitas, presidente da CUT, e João Felício, presidente da CSI (Central Sindical Internacional).

As eleições da APEOESP foram realizadas de forma democrática e muito participativa. Os professores e professoras votaram de forma direta e secreta em mais de 1.800 urnas que percorreram as mais de cinco mil escolas em todo o Estado de São Paulo, No total, participaram da votação 58.859 sócios da entidade.

O mandato da diretoria eleita, bem como dos conselheiros e das conselheiras estaduais e regionais, também eleitos no mesmo processo, é de três anos.

Convém destacar que a direção ora eleita tem como tarefa primordial continuar liderando a luta da categoria contra a Reforma da Previdência e todos os demais ataques do governo ilegítimo de Michel Temer contra a classe trabalhadora e a educação pública. Da mesma forma, vai prosseguir a campanha salarial e educacional, pressionando o governo do Estado a conceder reajuste emergencial de 23,42%, na perspectiva do cumprimento da Meta 17 do Plano Estadual de Educação (que determina a equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior), por melhores condições de trabalho e as demais reivindicações da categoria.