Faleceu na tarde da quarta (19), aos 73 anos, o diretor de fotografia Pedro Pablo Lazzarini. Ele era secretário-geral do SINDCINE - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Distrito Federal. Até o início de abril, ele presidiu o Sindicato, do qual foi um dos fundadores, em 1987.
Argentino, foi em seu país que Lazzarini começou como assistente de direção e realizou o primeiro longa-metragem, em 1970, como diretor de fotografia. Também em seu país se iniciou no sindicalismo, na trilha do pai e do avô, ativistas sindicais na Argentina e na Itália. Em 1972, foi contratado pela Zodíaco Filmes no Rio de Janeiro, fixando-se no Brasil.
Aqui, realizou mais de 1.500 comerciais, dos quais vários foram Melhor Fotografia do Prêmio Colunistas, além dos longas “Fuscão Preto”, “Jogo Duro”, “O Príncipe” e “Boleiros 2”. Era integrante do Conselho Superior de Cinema e Membro efetivo do Conselho de Comunicação Social do Senado.
Muitos dos atuais direitos e garantias dos trabalhadores do cinema foram obtidos por meio de lutas onde a presença de Lazzarini era frequente. A morte súbita de Pedro Pablo Lazzarini (Lazza, para os amigos) priva a categoria da experiência, energia e entusiasmo do companheiro de longos anos. Lazza tinha sempre uma história divertida sobre suas filmagens e conselhos para lidar com os conflitos, trabalhistas ou políticos, do dia a dia sindical.
Adeus, Lazza. Ficam as lembranças das histórias, do bom humor, do chimarrão, que sempre o acompanhava, e do vigor na defesa dos técnicos de cinema. Descanse em paz.