Notícia - Resolução da 21ª Reunião de Direção Executiva da Fitmetal

Confira a resolução da 21ª Reunião de Direção Executiva da Fitmetal, reunida na cidade de Betim (MG), no último dia 19.


A Direção Executiva da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), reunida na cidade de Betim (MG), no dia 19 de janeiro de 2017, divulga a seguinte resolução:


1. Ao contrário do que propagava a mídia hegemônica e as forças de direita do país, a crise político-econômica não se encerrou com a saída de Dilma Rousseff e a posse do presidente ilegítimo Michel Temer. Ao contrário: passados oito meses desde a primeira etapa do golpe, hoje já existe uma lista de elementos que comprova o caráter recessivo do projeto que tomou de assalto o Palácio do Planalto.


2. Diante desse cenário, é preciso que a classe trabalhadora tenha claro o que está por vir a partir de 2017. Após a aprovação da PEC do Teto dos gastos, no final de 2016, neste ano certamente veremos o acirramento de uma agenda regressiva, tendo como principais símbolos a Terceirização e as reformas da Previdência e Trabalhista.


3. O retorno desse tipo de política de cunho neoliberal traz elementos extremamente graves para o debate, colocando em risco direitos garantidos pela Constituição de 1988, como o direito à aposentadoria e à organização sindical. Os golpistas agem em consonância a uma agenda internacional que, em diversos países, procura fortalecer uma ofensiva de extrema-direita, cujo símbolo-mor assume a Presidência dos Estados Unidos nesta sexta-feira, 20 de janeiro.


4. Para a Fitmetal, mais do que nunca está na ordem do dia a busca para trazer a classe trabalhadora para esse debate. O golpe trouxe tamanha instabilidade para o país (com influência negativa sobre setores tão diferentes quanto a economia, o futuro da Previdência, o desmantelamento da indústria nacional e o sistema prisional), que é urgente esclarecer às massas o que está em risco neste atual cenário.


5. É preciso deixar claro para todo o povo que o Brasil ainda não chegou ao fundo do poço – mas que pode chegar no decorrer de 2017 se certas ações golpistas não forem impedidas o mais rápido possível. A crise pode afetar ainda mais o nível de salários, de direitos sociais e trabalhistas e comprometer por completo os alicerces democráticos da Nação, trazendo de volta a política de estado mínimo dos anos 1990.


6. Todas as ações sindicais dos próximos meses precisam ter esse viés. Estamos testemunhando o acirramento da luta de classe em nosso país e em diversas regiões do mundo. Isso exige uma resposta adequada e unitária de todo o nosso movimento, sob o risco de termos que lidar com retrocessos históricos que perdurarão por gerações.


7. Na ação sindical mais imediata, a Direção da Fitmetal está comprometida com as eleições do Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região, marcadas para os dias 1, 2 e 3 de fevereiro. A vitória da Chapa 1, formada por companheiros comprometidos com o sindicalismo classista da CTB e de nossa Federação, é fundamental para o fortalecimento de nossa luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora.


8. Nosso mote para os próximos meses deve ser a RESISTÊNCIA, POR NENHUM DIREITO A MENOS. O “Fora Temer” permanece na ordem do dia em 2017, assim como a luta pelas Diretas Já, como forma de combater as reformas recessivas que estão por vir.


Não vamos desistir, vamos resistir! Por nenhum direito a menos!


Fora Temer! Diretas já!


Direção Executiva da Fitmetal
Betim, 19 de janeiro de 2017.


Fonte:  Fitmetal - 20/01/2017


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