“O operário da construção civil passa o ano inteiro trabalhando nos canteiros de obras em condições penosas e exige respeito. Reivindicamos reajuste digno e não aceitamos menos que a inflação”. Com esse discurso, Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sinduscon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo), justifica o fato dos trabalhadores da categoria entrarem em greve nesse segunda-feira, 23.
Milhares de trabalhadores realizaram passeata em protesto. Sindicalistas da Força Sindical, como metalúrgicos e costureiras, apoiam a atitude dos trabalhadores da construção civil.
Tudo começou de madrugada. Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, enviou toda a sua diretoria para ajudar a construção civil. Miguel acompanhou Ramalho em vários canteiros para parar os operários desde às 5 horas.
O presidente nacional da Força Sindical e deputado federal, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, demonstrou apoio e enalteceu que o justo seria ter reajuste: “O reajuste salarial é necessário. Com aumento no salário, compramos mais, as lojas vendem mais, as indústrias fabricam mais e geram mais empregos. Só assim sairemos da crise”. Paulinho ainda acredita que o reajuste que os trabalhadores da construção civil conseguir, deve servir de parâmetros para outras categorias.
Não há previsão para o fim da paralisação. Tudo depende dos patrões em dar o que os trabalhadores merecem.