A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Findect) e os sindicatos filiados, entre eles os maiores do pais (SP e RJ) realizam ato de protesto em frente à sede do Banco BNY Mellon, no Rio de Janeiro, na dia 26 de fevereiro, às 15h00.
O objetivo é cobrar do banco que pague o prejuízo que gerou no Postalis com compra e venda de títulos no mercado de capitais, que envolveram má gestão e fraude.
Os negócios fraudulentos estão sendo apurados na CPI dos Fundos de Pensão, que já emitiu mandado de prisão do gestor das aplicações financeiras do Postalis, que está foragido. Auditoria do governo, a partir de processo instalado no BC, também indicou falhas de controle do Banco BNY Mellon, que coordenava a carteira de investimentos do Postalis.
Uma fraude já descoberta funcionava assim: uma corretora comprava títulos no mercado de capitais e revendia por valor maior para empresas ligadas a investigados que possuem contas em paraísos fiscais. Em seguida, esses títulos eram vendidos ao Postalis a um preço cerca de 60% maior que o de mercado. A diferença ia para o bolso dos dos gestores. A CPI expediu mandato de prisão do gestor das aplicações financeiras do Postalis, que está foragido. Ele é acusado de gestão fraudulenta, desvio de fundos e lavagem de dinheiro..
A Federação e os Sindicatos exigem também que os Correios paguem a dívida de mais de R$ 1 bilhão que acumulada junto ao Postalis, por repasse não realizados. O Postalis é custeado pela contribuição dos trabalhadores e da empresa, paritariamente.
Trabalhadores não podem pagar a conta
O rombo do Postalis foi criado pelo calote da ECT e pela má gestão do fundo. A culpa não é dos trabalhadores. Não foram eles que fizeram as aplicações indevidas e fraudulentas. Nem deixaram de pagar sua parte, que vem descontada todo mês nos holerites. Por isso a Federação e os Sindicatos não aceitam que eles sejam obrigados a arcar com a o rombo e a dívida gerados, através do auemnto dos descontos mensais, como propõe a direção do Postalis.