Após acordo com bancos credores, a Sete Brasil, empresa criada para facilitar a construção de sondas de exploração de petróleo, ganhou um fôlego e agora tem até maio para quitar a sua dívida com um grupo (sindicato) de instituições financeiras - o prazo anterior vencia nesta quinta-feira.
— A empresa não está inadimplente. Temos um “standstill“ (suspensão) até maior, onde esperamos resolver essa questão — afirmou o presidente do Banco do Brasil, Alexandre Abreu.
O BB é um dos bancos que fazem parte desse sindicato. Entre as demais instituições estão Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú BBA e Santander.
Embora a empresa não esteja inadimplente, Abreu explicou que os bancos credores, a Sete Brasil e o Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN) fecharam um acordo para que o fundo repasse recursos a esse sindicato em nome da Sete Brasil.
— Mas isso não significa um "default" (calote). Foi um acordo. Foi paga uma parte da dívida foi paga pelas garantias do FGCN em nome da Sete Brasil — explicou a jornalistas durante a apresentação dos resultados do BB em 2015.
Abreu acrescentou ainda que já foram feitas provisões de perdas para o crédito concedido à Sete Brasil na "melhor estimativa de risco no momento", mas não afirmou qual seria esse valor.
A Sete Brasil passou a enfrentar uma série de dificuldades com a queda do preço do petróleo, que tornou menos interessante a exploração do pré-sal, e os problemas enfrentados pela Petrobras no âmbito da operação Lava Jato. Endividada e com cancelamento de contratos de sondas, a Sete Brasil vem tentando com os bancos encontrar uma solução para a sua situação financeira.
Entre os sócios da empresa estão a própria Petrobras, fundos de pensão (Petros, Funcef, Valia e Previ), Santander, BTG Pactual e o FI-FGTS.