Notícia - Servidores em greve bloqueiam a entrada do prédio da reitoria da UFG

Servidores técnico-administrativos de instituições federais de ensino superior que estão em greve bloqueiam, nesta sexta-feira (31), a entrada do prédio da reitoria da Universidade Federal de Goiânia (UFG), em Goiânia. O ato integra uma série de protestos nacionais da categoria.

A ocupação começou às 6h30, quando manifestantes fecharam as portas do edifício. Eles estão reunidos em frente à reitoria, proibindo a entrada de funcionários.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), o grupo permanecerá no local até o fim do expediente dos servidores, por volta das 18h30.

“O objetivo é intensificar a greve realizando mais manifestações e chamando a atenção da comunidade acadêmica e da população para o problema [da categoria]”, disse o diretor do sindicato, João Pires.

A reitoria da Universidade Federal de Goiás informou, em nota, que  considera "legítima a greve dos servidores". No entanto, avalia o bloqueio do prédio como "inadequado. "As principais reivindicações da categoria extrapolam o âmbito de decisão da UFG e devem ser negociadas com o Governo Federal, a quem compete analisar as possibilidades de atendimento", afirma a nota.

Na quinta-feira (30), os grevistas paralisaram por 1h30 o atendimento ambulatorial no Hospital das Clínicas (HC), em Goiânia. Cerca de 200 pacientes que procuraram a unidade não foram atendidos entre as 7h e 8h30. Posteriormente, segundo a gestora da unidade de saúde, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh),"todos os pacientes que aguardavam foram atendidos".

Greve

A categoria entrou em greve em 28 de maio. A paralisação inclui funcionários da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Federal de Goiás (IFG) e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano). No estado, professores não aderiram à paralisação.

O sindicato pede aumento salarial de 27,3%. Além disso, a categoria reivindica reestruturação do plano de carreira, uma gestão mais democrátiva e a ampliação do leque de cursos de formação reconhecidos.

Em nota divulgada após o início da greve, em maio, o Ministério da Educação (MEC) informou que buscou dialogar com as entidades representativas das categorias,  "mas desde o início elas já informaram ter data marcada para a greve". "Isto não é diálogo. O diálogo supõe a vontade de ambas as partes de conversar, só recorrendo à greve em último caso", defendeu o ministério.

No comunicado, o MEC ainda disse que "normalmente o Poder Público atende tanto quanto pode, segundo realidades conjunturais, recursos disponíveis, agendas e acordos consagrados, sempre tendo em vista o superior fim que é a educação inclusiva de qualidade", e que "paralisações de viés combativo só devem acontecer quando não houver outros meios de resolver as questões".


Fonte:  Paula Resende/G1 - 31/07/2015


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