Olá, como vai?!

Ganha solidez no mundo do trabalho a consciência e a convicção de que somente união crescente eum grande movimento de retomada, ancorados em ações orquestradas, poderão devolver aos trabalhadores os direitos que lhes vêm sendo roubados – e devolver ao sindicalismo o protagonismo histórico e a missão constitucional que lhes cabe como mediador entre o capital e o trabalho. Essa união já esteve presente em iniciativas das centrais sindicais junto ao governo e ao Congresso para garantir aos trabalhadores o mínimo de direitos e ajuda emergencial frente à Covid-19 – ajuda que poderá ser necessária até a chegada de uma vacina segura. Mas esse espírito de união precisa se multiplicar, chegar às bases, ganhar apoio político e mais atenção da mídia.

É esse o eixo desta nova edição da Mundo Sindical. Unidos, precisamos alimentar nosso espírito de luta; mostrar nossa força; organizar grande movimento de renovação; e fazer grande trabalho de conscientização para a necessidade de ganhar mais representatividade política - trabalhista e sindical – nas Câmaras Municipais, agora; e em outubro de 2022, nas Assembleias Legislativas e no Congresso.

Em nossa reportagem de capa, o deputado estadual paulista Campos Machado (PTB) mostra como seupartido, criado por Getúlio Vargas, tem uma história de conquistas de direitos para ostrabalhadores, a começar pela CLT. Defensor de uma sociedade mais justa e se definindo como “plantador de sonhos”, Campos Machado criou no PTB paulista, que preside, 25 departamentos para impulsionar a participação partidária dos mais diversos setores da sociedade. Entre eles estão o PTB Mulher e o PTB Sindical, empenhados em ampliar candidaturas femininas e do mundo do trabalho. Com espírito jovem, faz um apelo: “Lutem por seus ideais. Não acho correto enfraquecer os sindicatos.”

Apelos similares fazem o presidente do PTB Sindical, Norival Preto, e o consultor sindical Antonio Rogério Magri, que também pede a volta do Ministério do Trabalho. O advogado Cesar Augusto de Mello, em artigo especial, diz que é preciso buscar uma saída honrosa. “É necessário que amadureça entre as lideranças sindicais a possibilidade de realização de um grande congresso unificado para discutir e lançar os fundamentos de um novo sindicalismo para o Brasil”.

E Antonio Augusto de Queiroz, diretor do Diap, diz em entrevista exclusiva que os sindicatos precisam de mais defensores no Parlamento e que o trabalhador precisa participar ativamente do processo eleitoral em sua cidade, em seu Estado e na escolha de deputados federais e senadores.

Em artigo especial para a Mundo Sindical, o analista político Neuriberg Dias, também do Diap, revela que há no Congresso 67 propostas para regulamentação de direitos de trabalhadores em plataformas digitais. E não deixe de ler o artigo do consultor Clemente Ganz Lúcio sobre o desemprego e de conhecer as implicações da possível criação do trabalho “por hora”, por meio da nova Carteira Verde e Amarela.

Em nossa seção “Sindicatos no espelho”, destacamos para você três exemplos de luta: o Sindicatodos Metalúrgicos da Grande Curitiba, com 100 anos de história e que acaba de reverter 747 demissões de metalúrgicos da montadora Renault; o Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, com mais de 200 mil associados; e o Sindicato dos Trabalhadores em Refeições Coletivas de São Paulo, que agora, frente à crise provocada pela Covid-19, tem como prioridade manter os empregos

Por fim, não deixe de conferir as novidades de nossas duas páginas do Giro Sindical.

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Sandra Campos
Editoral da Revista e Portal Mundo Sindical
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