Olá amigos,

Permanecemos em estado de alerta, mesmo com o avanço das campanhas de vacinação. Sabíamos que 2021 ainda seria um ano difícil no combate à Covid-19 e para a retomada da atividade econômica, determinante para frear o desemprego - a taxa foi de 13,9% no 4º trimestre, com 13,9 milhões de desempregados em dezembro, e de 13,5% na média anual em 2020. Mas não se imaginava um repique tão assustador da doença. O que mais preocupa, além das mais de 260 mil mortes registradas até a 1ª semana de março no Brasil, é a explosão das contaminações desencadeada por novas variantes do coronavírus aqui e no exterior - pelo menos seis -, com alto potencial de transmissão.

É ainda um cenário de incertezas. São profundos os impactos provocados pela pandemia na economia, no mundo do trabalho, em empresas de todos os portes, na Educação, no lazer, na sociedade como um todo, na vida de cada um de nós. Mas não podemos perder a esperança. É vital manter a luta, buscar saídas e encontrar soluções.

Esse, caro leitor, é o eixo de nossa reportagem de capa com rica entrevista do presidente do Sebrae-SP, Tirso de Salles Meirelles. Com mais de 20 anos de Sebrae, Tirso diz que “é imprescindível conectar-se. Educação, capacitação, qualificação são essenciais para vencermos os desafios impostos pela pandemia”, que “está desmontando nosso sistema social e mudando a forma de trabalhar, comprar, vender, aprender, ensinar.” Para Tirso, o caminho para a qualificação é a atuação integrada, conectada, em rede, tendo a escola como matriz. “Os educadores são a célula principal do processo de mudança” diante do explosivo avanço da economia digital.

Na outra ponta desse esforço para enfrentar a Covid-19 está o movimento sindical, com a produtividade  das centrais sindicais em defesa de novo auxílio emergencial e da vacinação em massa. Em entrevista exclusiva, o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior, alerta que “a economia continua parada, sem saber para onde as coisas caminham. O investimento fica limitado e a geração de emprego fica travada”. Ao analisar temas como desemprego, informalidade, avanço da tecnologia, redução de jornada e desindustrialização, Fausto lamenta a perda de direitos sociais e trabalhistas.

Com um olhar para esse cenário desafiador, não deixe de ler os artigos “Jovens sem rumo”, de nossa redação, e “Sindicato do futuro”, do sociólogo Clemente Ganz Lúcio, assessor do Fórum das Centrais Sindicais e ex-diretor técnico do Dieese.

Em nossa tradicional seção “Sindicatos no espelho” destacamos para você três representações de servidores públicos: o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP), que luta no momento contra a privatização dos Correios. Reúne mais de 9 mil associados e é presidido por uma diretoria executiva; o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de SP, que pede vacinação e proteção na batalha contra a Covid-19. Possui mais de 23 mil associados e é presidido por Cleonice Ribeiro; e o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, presidido por Lineu Neves Mazano. Conta com 1.229 associados. Além da reforma administrativa, que “representa a desestruturação da máquina pública em São Paulo”, o presidente enfatiza que “o governo Doria tem promovido uma série de ataques contra os servidores”.

Por fim, confira nossas três páginas do Giro Sindical.

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Sandra Campos
Editoral da Revista e Portal Mundo Sindical
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