Olá, como vai?!
Chegamos à metade de 2019. São seis meses de novo governo. É nosso dever confiar e trabalhar, sem ficar choramingando. Mas, também, é nossa missão lutar, sem medo, por nossos direitos, pelo que achamos justo diante das mudanças radicais que continuam desabando sobre o mundo do trabalho e sindical.
Há no ar sentimento de frustração e desesperança. Cai a cada dia o número dos que acreditam em soluções milagrosas. A economia permanece travada, o desemprego ainda castiga 13 milhões de trabalhadores. São mudanças provocadas pelo avanço implacável da tecnologia e pelas reformas – da trabalhista, em 2017, à atual, da Previdência.
Para falar sobre a nova realidade trabalhista e sindical à luz das novas tecnologias, ouvimos um especialista no assunto, o sociólogo e professor universitário Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Impressiona sua análise das mudanças atuais e futuras. Ele fala
da necessidade de os sindicatos estarem atentos às transformações; do Brasil desigual; da importância de investir em formação com ação conjunta escolas-empresas; do impacto dos aplicativos no setor de serviços; da nova tecnologia 5G; e das categorias em extinção, com o alerta de que um sindicato não pode representar o que não existe.
A reforma da Previdência está em andamento e muita coisa ainda pode mudar na PEC nº 06 que tramita no Congresso. Para o governo, ela é imprescindível para salvar as finanças e reativar a economia. Para os trabalhadores, que em 14 de junho reagiram com uma greve geral liderada pelas 10 centrais sindicais, a reforma retira direitos e rebaixa benefícios e aposentadorias.
O advogado Cesar Augusto de Mello alerta para o “buraco negro” nas contas da seguridade Social. A economista Patrícia Pelatieri afirma que “a reforma desconstrói o pacto social da Constituição de 1988” e empobrece ainda mais as mulheres. “Proposta que tira renda das famílias não é boa para o país.”
Mas há muito mais nesta edição. Destacamos, em três reportagens, as campanhas salariais vitoriosas do Sindicato dos Metroviários de São Paulo; do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas-SP); e do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de SP (Sintaema-SP). A ampla participação dos trabalhadores e a “unidade” na luta por melhores salários e benefícios marcaram as três campanhas, além da unidade na luta contra reformas que retiram direitos. Foi o que também ocorreu nas campanhas de outras categorias neste 1º semestre.
Não deixe de ler a reportagem sobre os “registros sindicais” que, com a aprovação da MP 870, deixam o Ministério da Justiça e ficam definitivamente sob o guarda-chuva do Ministério da Economia. De acordo a Zilmara Alencar Consultoria Jurídica, deve ser mantido o e-sindical lançado pelo ministro Sergio Moro, que tornou mais rápida e transparente a tramitação dos processos. Confira ainda nossa análise sobre a MP 873, aquela editada às vésperas do Carnaval, que vetou a aprovação de contribuições por meio de assembleias e proibiu seu desconto em folha de pagamento. A expectativa é que caduque em 1º de julho, sem ser apreciada pelo Congresso. Por fim, confira as nossas três páginas do Giro Sindical.
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Beijos,
Sandra Campos Editoral da Revista e Portal Mundo Sindical Celular 11-948-137-799
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