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Nova edição da Revista Mundo Sindical
Nossa revista Mundo Sindical, que nunca deixou de circular em formato digital, na internet, agora está de volta com edições impressas bimestrais. É para nós um passo importante e motivo de grande alegria.
A revista impressa volta em um momento muito delicado na vida política do país e de mudanças que, de uma forma ou de outra, irão afetar o dia a dia dos trabalhadores e das organizações sindicais. Um governo sem credibilidade e sustentação política, sem debates aprofundados com todas as partes envolvidas, tenta impor reformas que destroem direitos históricos conquistados pelo mundo do trabalho nos últimos 70 anos. No Congresso, tramitam as reformas da Previdência e trabalhista. Esta última, já aprovada na Câmara dos Deputados, estava para ser votada no plenário do Senado no momento que fechávamos esta edição. Entre seus muitos pontos polêmicos, alguns suprimindo direitos expressos na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), um, em especial, mexe com as organizações sindicais – o fim contribuição que garante a independência dos sindicatos e recursos para que continuem lutando por melhores salários para os trabalhadores.
O próprio governo reconheceu a inviabilidade dessa medida, a ponto de o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, já estar negociando com as centrais sindicais uma medida provisória que pode recriar o imposto sindical.
Para entender toda a polêmica que envolve essas reformas, Mundo Sindical ouviu representantes do Judiciário e dos trabalhadores. Sergio Pinto Martins, desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, que está em nossa capa, afirma com todas as letras que a reforma trabalhista não vai criar mais empregos, ao contrário do que dizem empresários e autoridades do governo. Para o desembargador, o que cria empregos é o bom desempenho da economia como um todo. Ele também assina longo artigo em que contesta a reforma da Previdência da forma como foi proposta, colocando em dúvida a existência de déficit nas contas do sistema.
Pelo lado dos trabalhadores, ouvimos o exministro do Trabalho Antônio Rogério Magri, hoje militando na Força Sindical, e os presidentes de sete centrais sindicais – Vagner Freitas (CUT); Paulo Pereira da Silva (Força Sindical); Antonio Neto (CSB); Ricardo Patah (UGT); Adilson Araújo (CTB); José Calixto Ramos (NCST); e Ubiraci Dantas (CGTB).
Para completar a edição, um artigo de Carlos Roberto Husek, desembargador e vice-presidente judicial do TRT da 2ª Região, que analisa as mudanças na política econômica e social embutidas nas reformas.
Boa leitura! Sandra Campos Editora-Chefe
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