Os sindicatos têm como função lutar para garantir o direito do trabalhador e melhores condições de trabalho. Essa é sua principal função.

Muitas das conquistas que os trabalhadores desfrutam hoje são oriundas da luta dos sindicatos. Jornada de 44 horas, férias e 13° são resultado de muita greve e mobilização. Mas seria somente isso mesmo?

Karl Marx comenta sobre a importância do sindicato para a classe operária em todo o mundo ao comentar que a existência dos sindicatos é imprescindível enquanto perdurar o atual modo de produção. “É preciso difundi-la, fundando e organizando sindicatos em todos os países”, escreveu Marx.

A força do trabalhador é a sua massa, só assim para conseguir a negociação ideal com o patrão. A ideia difundida pela Reforma Trabalhista de 2017, coloca o empresário como uma pessoa de bom coração e que o trabalhador sozinho pode sentar com ele e negociar melhores condições de trabalho e mais uma vez eu cito Marx sobre a desunião da classe trabalhadora. “Mas a força da massa dissolve-se quando há desunião. A separação entre os proletários é o produto e o resultado da inevitável concorrência entre eles próprios”, escreveu.

Para Marx a formação dos sindicatos nasce do impulso espontâneo dos operários, tendendo a eliminar, ou pelo menos reduzir a diferença entre o capital e o trabalho para conquistar melhores condições de trabalho.

A taxa de sindicalização no Brasil é muito baixa, isso enfraquece a luta dos trabalhadores, não traz a massa dos trabalhadores para fazerem a diferença para, por exemplo, ter barrado a reforma trabalhista ou a da previdência.

Os sindicatos precisam zelar pelo interesse dos trabalhadores que são mal remunerados enquanto os grandes empresários estão lucrando rios de dinheiro. Os sindicatos não podem ser ínfimos e egoístas, como disse Marx em 1866.

Outro ponto importante é ter representantes dos trabalhadores nas casas legislativas da classe operária, mas as entidades sindicais precisam conscientizar e educar os trabalhadores sobre a tomada do poder político. Sobre isso Karl Marx disse: “O movimento político da classe proletária tem por fim, naturalmente, a conquista do poder político para si. Para isso é logicamente necessário que tenha à sua frente uma organização da classe proletária relativamente desenvolvida, que se formou por suas lutas econômicas.”

Ter esses representantes nas casas legislativas seria o suficiente para barrar leis que prejudiquem os trabalhadores e também votar a favor de todo o proletariado brasileiro.

Dito isso, os sindicatos no Brasil além da organização da classe trabalhadora, tem papel na política também, pois trabalhou o movimento sindical teve o papel importante na luta contra a ditadura e nas campanhas pelas eleições diretas para presidente da República e também na Assembleia Nacional Constituinte.

Hoje, as centrais sindicais, têm desempenhado esse papel político de conversar com os três poderes da República.

No atual momento é necessário o fortalecimento do movimento sindical em todo o país e, além das conquistas nas negociações coletivas, se torna importante a educação do trabalhador sobre a classe proletária e o sistema capitalista. O sindicato tem que ser uma ferramenta de transformação do proletário.

Mesmo com todas as adversidades que o sindicalismo brasileiro enfrentou nos últimos precisa ser revertido, mas isso será conquistado quando o proletariado brasileiro entender o que ocorreu e ocorre para ter uma massa forte e unida para ir às ruas quando for necessário.

Como é dito no final do Manifesto Comunista: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”