Artigo - Pesquisa comprova o descaso do governo paulista com a educação pública

Não é de hoje que a educação pública de São Paulo sofre com o descaso do governo estadual. Aliás poucas vezes tivemos governadores realmente preocupados com a qualidade do ensino ofertado para a maioria dos paulistas.

Desde 1995, ao menos, quando o PSDB assumiu o governo, os investimentos em educação pública vêm definhando. Agora com a extrema-direita morando no Palácio dos Bandeirantes a situação se degringola.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Apeoesp, comprova esse descaso com a educação pública pelo governo estadual, muito em voga nos quatro anos do governo federal anterior.

Essa política do ódio trouxe consequências drásticas para o país com crescimento vertiginoso da cultura da violência, principalmente com os setores mais vulnerabilizados da sociedade. E com o superdimensionamento das redes sociais, esse crescimento se amplificou e adentrou às escolas.

A pesquisa “Ouvindo a comunidade escolar: Desafios e demandas da educação pública de São Paulo”, divulgada recentemente, comprova o que já vimos denunciando há tempos. Entre as 1.110 professoras e professores entrevistados presencialmente, 54% disseram já ter sofrido algum tipo de violência dentro da escola. Já entre os 1.250 estudantes ouvidos, 37% afirmaram a mesma coisa.

Um número assustador de 90% das professoras e professores e 81% dos estudantes disseram ter conhecimento de episódios de violência dentro das escolas. Bullying nas dependências escolares foram retratados por 70% dos docentes e por 62% dos estudantes.

A importância dessa pesquisa consiste em comprovar a necessidade de valorização da educação pública para suprir toda a demanda necessária para dar conta dos anseios e necessidades da sociedade.

Para isso, é importante ouvir todas as pessoas envolvidas na vida escolar, um chamamento aos familiares dos estudantes a participar da vida escolar de suas filhas e filhos e o envolvimento de toda a sociedade no combate à violência, às discriminações e à cultura do ódio.


Professora Francisca
dirigente licenciada de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

 

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